Significativos, ainda que imprecisos, são os anos da presença judaica no Brasil. Eles podem variar de acordo com a contagem escolhida: se desde o período das Grandes Navegações, ou por conta da Inquisição na Península Ibérica, ou da imigração marroquina, ou em virtude das perseguições czarista, nazista, comunista… ou de quando partiram em busca de um futuro próspero e seguro para si e seus descendentes. Judeus, que sempre se movimentaram pelo Velho Mundo, também encontraram seus caminhos para o Novo Mundo. A presença dos judeus no Brasil foi muitas vezes indesejada e, de certo modo, invalidada, por questões alheias à forma com que pragmaticamente se relacionaram com o País: criando seus filhos, aprendendo o idioma, incorporando hábitos, fundando instituições para o bem comum e empresas, viabilizando o presente e semeando o futuro. Do escritor judeu austríaco Stefan Zweig (Viena, 1881– Petrópolis, 1942) é a expressão “Brasil, País do futuro”. Zweig...